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TV conectada e streaming estão redefinindo os hábitos digitais no Nordeste

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O avanço da TV conectada e das plataformas de streaming não é apenas um fenômeno global: ele vem transformando de forma acelerada os hábitos de consumo no Nordeste brasileiro. Dados apresentados pela Comscore durante a terceira edição do Conexão Comscore, em Salvador, mostram a força digital da região e os reflexos diretos para o mercado e para o varejo.

Segundo a ferramenta Plan Metrix, o Nordeste concentra 31 milhões de internautas, dos quais 19 milhões são decisores de compra — um contingente relevante para marcas que buscam engajamento e conversão. O perfil é marcado pela predominância da classe C (46%), alto índice de bancarização via smartphone (29%) e pela penetração significativa do cartão de crédito (65%).

O levantamento destaca que 48% dos usuários afirmam que a TV conectada e o streaming mudaram seus hábitos de consumo audiovisual. Essa mudança indica que o público está migrando do consumo passivo da TV linear para experiências personalizadas, sob demanda e mais interativas. Além disso, 44% seguem marcas nas redes sociais, reforçando o papel do ambiente digital como elo entre consumidores e empresas.

O entretenimento é um dos grandes motores dessa transformação. No Nordeste, plataformas como YouTube (25,9 milhões de visitantes únicos), Spotify (12,6 milhões) e Netflix (8,7 milhões) lideram a audiência. O consumo de veículos regionais também é expressivo: Bnews (17,5 milhões), Correio (14,3 milhões) e Bahia Notícias (4,6 milhões) mostram como o público valoriza conteúdos locais, especialmente em períodos de maior apelo cultural, como o São João.

Outro dado relevante é o papel do esporte. São 19 milhões de torcedores de times locais e 16,6 milhões de praticantes de atividades físicas. Essa paixão se traduz também no ambiente digital: o Globo Esporte lidera com 6,4 milhões de visitantes únicos, seguido por Lance!, ESPN, UOL Esporte e Terra. No universo das apostas e jogos online, a adesão também cresce, com destaque para plataformas como 365Scores, Telesena e Betano.

As redes sociais consolidam essa força cultural. Apenas durante a Copa do Nordeste 2025, foram registradas 12 milhões de interações, com a TNT Sports na liderança. Já nas festas de São João, artistas como Washington Brasileiro, Ary Mirelle e Xand Avião somaram mais de 10 milhões de ações, reforçando o impacto do digital na amplificação de tradições regionais.

No contexto nacional, os números também impressionam. A Comscore aponta que 86% dos brasileiros acessaram redes sociais em abril de 2025, com média de 48 horas por mês dedicadas a essas plataformas. O YouTube atingiu 114 milhões de espectadores únicos, e o TikTok registrou crescimento de 27% no volume de vídeos publicados entre janeiro e maio. No setor de moda, marcas como Lojas Renner, Sandálias Ipanema e Hering se destacaram pelo engajamento digital.

Para Ingrid Veronesi, country manager da Comscore no Brasil, os dados revelam um país cada vez mais segmentado, engajado e exigente: “Medir corretamente alcance, engajamento e contexto da audiência é essencial para decisões estratégicas”.

Para o varejo e para os anunciantes, o recado é claro: o Nordeste não só acompanha, como dita tendências digitais, e a TV conectada e o streaming já são protagonistas na forma como milhões de consumidores descobrem, interagem e decidem suas compras.

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Inteligência Artificial além do hype: 3 prioridades para executivos em 2025

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Vinicius Sousa, da Inventta, alerta: sem estratégia e dados de qualidade, projetos de IA não escalam — e desperdiçam tempo e orçamento.

A Inteligência Artificial deixou de ser apenas um tema de futuristas e passou a fazer parte da agenda de praticamente todas as empresas. Mas transformar esse discurso em resultados concretos ainda é um desafio para muitos executivos. Vinicius Sousa, Líder de Projetos da Inventta, explica que o entusiasmo é bem-vindo, mas que a corrida para implementar soluções pode levar a erros básicos — e caros.

“Executivos não precisam ser técnicos, mas precisam aprender a fazer as perguntas certas. Isso separa um projeto promissor de uma aposta vazia”, afirma.

Onde as empresas erram

Segundo Vinicius, muitos projetos de IA ficam presos na fase de piloto. Falta clareza sobre o problema que se quer resolver, os dados são desestruturados ou insuficientes, e as provas de conceito são feitas apenas para impressionar no curto prazo. Soma-se a isso o custo de operação e a escassez de profissionais especializados, e o resultado é frustração — e descrédito.

Onde a IA já entrega valor

Apesar dos obstáculos, há áreas em que a IA já gera impacto real: automatização de tarefas repetitivas, personalização de produtos e serviços, e suporte à decisão com análises preditivas. “A verdadeira revolução da IA não é substituir pessoas, mas redesenhar processos para torná-los mais inteligentes”, destaca.

As 3 prioridades para 2025

Para evitar desperdícios e começar a colher resultados, o especialista recomenda que executivos foquem em três frentes:

  • Automação de processos internos repetitivos. ROI rápido e previsível para mostrar valor e consolidar aprendizados.

  • Organização e qualificação de dados. Sem dados limpos e governados, nenhum projeto evolui.

  • Personalização da experiência do cliente. IA tem potencial para prever comportamentos e criar jornadas mais inteligentes.

“O discurso de que a IA resolve tudo deve dar lugar a uma visão pragmática, com foco em ROI e na construção de bases sólidas para o futuro”, conclui Vinicius.

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Custo Brasil: 70% dos industriais apontam carga tributária como principal obstáculo

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Foto: Iano Andrade/CNI

Sete em cada dez empresários industriais consideram a carga tributária o maior entrave para a competitividade do país, segundo a Pesquisa Custo Brasil, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto de Pesquisas Nexus. O levantamento ouviu 1.002 empresários de pequeno, médio e grande portes, em todas as regiões do Brasil, entre 14 de julho e 7 de agosto de 2025.

Além dos tributos, os industriais destacam outras dificuldades que pesam no dia a dia das empresas: a escassez de mão de obra qualificada (62%), a dificuldade de financiamento (27%), a falta de segurança jurídica e regulatória (24%) e a ausência de competitividade justa (22%).

A pesquisa integra a nova campanha Custo Brasil, lançada pela CNI nesta segunda-feira (15), que busca mostrar o impacto dessas ineficiências no cotidiano das empresas e para a população, além de propor caminhos para superar os desafios estruturais.

“Todos os anos, jogamos fora mais de 20% do PIB brasileiro por não resolvermos dificuldades estruturais, como tributos, financiamento, qualificação de pessoas e infraestrutura. Esse é o preço do Custo Brasil”, afirma Ricardo Alban, presidente da CNI. “Diante de um cenário externo cada vez mais desafiador e instável, precisamos avançar internamente e encontrar saídas para melhorar nosso ambiente de negócios”, completa.

Peso para o consumidor

O estudo também mostra que o problema vai além das empresas. Para 77% dos empresários, o Custo Brasil eleva os preços pagos pelos consumidores. A percepção é ainda mais forte no Nordeste (93%), seguido pelo Sul (87%), Sudeste (78%) e Norte/Centro-Oeste (76%).

Para 64% dos empresários, esse impacto cresceu nos últimos três anos, refletindo no aumento nos preços. Por isso, para 78% dos entrevistados, reduzir o Custo Brasil é prioridade estratégica.

Juros menores, mais investimentos

A pesquisa também aponta que, em um cenário de redução do Custo Brasil, 77% dos industriais aumentariam os investimentos em seus negócios se a taxa de juros para empréstimos fosse cortada pela metade. Entre esses, 31% indicam que o investimento “aumentaria muito” e 46% que “aumentaria”.

“A pesquisa revela um forte consenso no setor empresarial: a redução dos processos trabalhistas e das taxas de juros é um gatilho direto para um ciclo virtuoso de crescimento econômico, com reflexos na geração de empregos e no investimento privado”, avalia Léo de Castro, vice-presidente da CNI.

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Gree lança e-commerce no Brasil e fortalece estratégia de expansão

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A Gree, maior fabricante mundial de ar-condicionado e uma das líderes do setor no Brasil, anunciou sua entrada no comércio eletrônico brasileiro com o lançamento de sua loja oficial online. A novidade marca a estreia da empresa na venda direta ao consumidor.

Segundo Carlos Murano, gerente executivo de vendas da Gree do Brasil, a iniciativa tem como objetivo aproximar a marca do consumidor final e oferecer uma experiência diferenciada. “A chegada do nosso e-commerce é um passo fundamental na aproximação da Gree com o consumidor final. Estamos oferecendo uma experiência de compra diferenciada, com atendimento exclusivo e um portfólio completo da linha residencial”, afirma.

O site institucional da companhia também passou por reformulação para se tornar mais moderno e funcional. A plataforma reúne conteúdos como calculadora de BTUs, informações para instaladores, acesso ao programa de capacitação profissional Gree Capacita e ligação direta ao novo e-commerce.

Crescimento e novos investimentos no Brasil

Com cerca de 20% de participação no mercado nacional e liderança consolidada no Nordeste, a Gree registra crescimento anual entre 10% e 20% desde 2017. Atualmente, o Brasil representa 10% do faturamento global da companhia.

A chegada ao comércio eletrônico acontece em meio a um novo ciclo de expansão. Para 2026, a empresa prevê investimento de R$ 50 milhões na fábrica de Manaus, ampliando a capacidade produtiva e iniciando a fabricação de novos produtos, incluindo a entrada no segmento de linha branca no país.

Estratégia omnichannel e experiência de compra

O e-commerce disponibilizará inicialmente toda a linha residencial da marca, como splits e multisplits. A operação contará com televendas e SAC dedicados em São Paulo, além de suporte direto da fábrica em Manaus. A logística seguirá sendo realizada em parceria com os distribuidores, reforçando o modelo de cooperação da empresa. “A plataforma não substitui os canais de venda tradicionais. Ao contrário, ela funcionará como um hub estratégico para fortalecer as vendas ao consumidor final e apoiar nossos parceiros”, acrescenta Murano.

Sobre a Gree

Fundada em 1991, a Gree Electric Appliances é listada na Bolsa de Shenzhen desde 1996 e está presente em mais de 190 países. Com sede em Zhuhai, China, emprega cerca de 80 mil funcionários e possui 77 bases de produção ao redor do mundo. A companhia acumula mais de 120 mil patentes e se destaca por sua aposta em inovação e sustentabilidade.

No Brasil desde 2001, a empresa mantém uma unidade em Manaus, com cerca de 100 mil m² e mais de 1.500 colaboradores, sendo a primeira fabricante chinesa de eletrodomésticos a investir em produção local no país.

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