O iFood deu mais um passo para consolidar sua posição como referência em inovação logística no Brasil. Durante o Media Tech Day, realizado em São Paulo, a empresa apresentou uma série de avanços em inteligência artificial (IA), robótica e entregas aéreas, mostrando como a tecnologia pode tornar o ecossistema de entregas mais rápido, eficiente e integrado.
Entre os destaques estão o retorno das entregas por drone, o robô ADA, que atua em shoppings, e novos agentes digitais inteligentes voltados para entregadores, restaurantes e consumidores.
Robôs e drones a serviço da entrega
Durante a visita à sede da empresa, o iFood demonstrou a nova geração de seu robô de entrega, o ADA. Desenvolvido pela startup brasileira Synkar, o robô é capaz de navegar de forma autônoma pelos corredores de shoppings, levando pedidos dos restaurantes até pontos de coleta para os entregadores.
A operação já está em fase de testes nos shoppings Iguatemi Ribeirão Preto e Iguatemi Alphaville, onde o robô realiza cerca de 35 entregas por dia e percorre até 10 km diários. Com sensores e IA embarcada, o ADA desvia de obstáculos, otimiza rotas e retorna sozinho para a base de recarga quando necessário.

O objetivo é reduzir o tempo que os entregadores gastam dentro dos shoppings. Hoje, eles precisam estacionar, subir até a praça de alimentação e aguardar o preparo dos pedidos. Com o robô, os motoboys retiram os pedidos diretamente em um hub de coleta no estacionamento, aumentando o número de entregas por hora e melhorando a rentabilidade da operação.
Outra aposta do iFood vem do céu. Em parceria com a Speedbird Aero, a empresa retomou e ampliou o serviço de entrega por drones, agora com a primeira autorização permanente da ANAC para voos sobre áreas com circulação de pessoas.
A rota inicial liga o Shopping RioMar, em Aracaju, à Barra dos Coqueiros, encurtando um percurso de 36 km por terra para apenas 4 km pelo ar. O drone, que carrega até 5 kg, atinge 50 km/h e voa a 60 metros de altura, com entregas em até 30 minutos. O serviço opera 10 horas por dia, sete dias por semana, e tem capacidade para até 280 pedidos diários.

Apesar do avanço, os drones ainda não sobrevoam áreas densamente povoadas, mas o iFood já estuda expandir a tecnologia para locais com grandes distâncias físicas, como Florianópolis, Ilhabela e a Serra da Cantareira, onde a travessia aérea pode reduzir drasticamente o tempo de entrega.
IA no centro da operação
Além das inovações físicas, o iFood também apresentou seus novos agentes de inteligência artificial, cada um focado em um público específico do ecossistema:
- Jhow, voltado para entregadores, agora entende áudios e gírias, tornando o atendimento 40% mais rápido.
- Cris, agente para restaurantes, atua via WhatsApp com precisão de 96% nas conversas, analisando o funil de vendas e sugerindo ações práticas para aumentar as vendas.
- Rosie, voltada para consumidores, é a nova versão da IA conversacional do iFood, 18% mais empática e 6% mais personalizada, com autonomia para resolver cancelamentos, oferecer cupons e interpretar imagens.

Essas soluções fazem parte da estratégia da empresa de colocar a IA no centro da experiência de todos os envolvidos na cadeia de entregas, dos desenvolvedores aos entregadores.
Cultura e inovação integradas
A empresa também destacou seu programa interno de IA, o Toqan, que já conta com 3.500 agentes ativos automatizando tarefas e apoiando decisões dos 8 mil colaboradores. A meta é chegar a um agente por funcionário até março de 2026.
Segundo o iFood, a combinação entre cultura organizacional e tecnologia é o que sustenta o ritmo de inovação. Parte da verba de capacitação da empresa já é direcionada para treinamentos em IA, e programas como o “Elas São <Tech/>” seguem ampliando a presença feminina na área.
Com robôs que circulam pelos shoppings e drones que cruzam os céus, o iFood se prepara para um futuro em que pessoas e máquinas atuam lado a lado para entregar pedidos com mais rapidez e eficiência — reforçando o papel do Brasil como laboratório global de inovação logística.



