Futuro fabricado no Brasil

Electrolux

Às vésperas de completar 100 anos no Brasil, a Electrolux deu um passo gigante. Em agosto, a multinacional inaugurou sua quinta fábrica no País — e não é qualquer fábrica. Localizada em São José dos Pinhais (PR), a nova planta, batizada de Complexo Gralha Azul, tem 50 mil m² de área construída e recebeu R$ 700 milhões em investimentos, maior expansão do grupo na América Latina.

O recado é claro: há espaço para crescer. A nacionalização de linhas estratégicas torna a marca mais competitiva e próxima do consumidor brasileiro. “O Brasil é o segundo maior mercado global do Electrolux Group e um dos mais estratégicos para o nosso crescimento”, afirma o CEO do Electrolux Group na América Latina, Leandro Jasiocha. “A inauguração foi motivada pelo potencial de consumo do País, pelo tamanho do mercado e pela necessidade de estarmos ainda mais próximos do consumidor”, completa.

Estratégia de produção local

O cComplexo começa fabricando ventiladores e liquidificadores, produtos de alta demanda e relevância no Brasil – e que eram, até agora, importados. Somente em Pesquisa & Desenvolvimento foram investidos R$ 37 milhões.

Segundo Leandro, a produção local reduz custos logísticos, garante maior estabilidade no abastecimento e aumenta a velocidade de resposta às necessidades do varejo. E a meta é ousada: produzir 5 milhões de unidades por ano, representando 25% do faturamento de eletroportáteis da empresa no Brasil. O número pode chegar a 6,5 milhões de unidades anuais quando o projeto estiver em plena operação, o que deve ocorrer no segundo semestre de 2026.

Expansão sob medida

A fábrica foi projetada de forma modular, o que permite expansão da capacidade produtiva. Além de ventiladores e liquidificadores, produtos como aspiradores de pó de barril, lavadoras de alta pressão, purificadores e filtros de água já estão em processo de transferência para a unidade. Essa flexibilidade é estratégica para aumentar a eficiência da operação e a competitividade frente a concorrentes globais – especialmente chineses, que vêm ampliando participação no mercado brasileiro.

Outro diferencial está na cadeia de suprimentos. O complexo prioriza fornecedores nacionais e regionais, reduzindo a dependência de importados e fortalecendo a economia local. A nova operação está localizada em uma área de 1,5 milhão de m², preparada para receber fornecedores no entorno da fábrica e, assim, otimizar toda a cadeia de produção.

Embora o foco seja o mercado interno, a unidade foi construída para atender padrões internacionais de qualidade, o que permite exportação. “Já há planos para utilizar a planta como plataforma de exportação para outros países da América Latina, encurtando prazos de entrega, reduzindo custos logísticos e ampliando ainda mais nossa presença na região”, conta Leandro.

Fábrica verde e inclusiva

O Complexo Gralha Azul nasce carbono zero: 100% da energia vem de fontes renováveis, toda a frota interna é elétrica, a água é reaproveitada e os sistemas arquitetônicos foram pensados para reduzir consumo de energia e melhorar o bem-estar dos colaboradores. A meta é conquistar a certificação LEED – o que tornará a planta a primeira unidade global da Electrolux a receber esse selo. O projeto está alinhado ao compromisso da companhia de zerar emissões em suas operações até 2033.

No campo social, o impacto também é positivo: serão 2 mil empregos diretos e indiretos nessa primeira fase da operação, sendo 90% deles ocupados por moradores da região. O investimento consolida um novo ciclo de crescimento no país, com foco em inovação, sustentabilidade e geração de valor para a cadeia produtiva.

“A nacionalização é um pilar estratégico para o Electrolux Group, pois reduz a dependência de cadeias globais, melhora a previsibilidade de entrega e gera maior estabilidade de preços. Isso também contribui para um relacionamento mais sólido com o varejo e para uma experiência de compra mais satisfatória para o consumidor final.”

Leandro Jasiocha, CEO do Electrolux Group na América Latina

Embora o foco principal seja atender o mercado brasileiro, há planos para utilizar a nova planta como plataforma de exportação para outros países da América Latina.

Complexo Industrial Gralha Azul

  • R$ 700 milhões em investimentos
  • 5ª fábrica, somando-se a Curitiba (2), São Carlos e Manaus
  • 50 mil m² de área construída
  • 138 mil m² de área verde preservada, equivalente a quase 20 campos de futebol
  • 5 milhões de unidades/ano, podendo chegar a 6,5 milhões em 2026
  • 2 mil empregos, sendo de 400 a 500 diretos e até 1.500 indiretos
  • 100% da energia proveniente de fontes renováveis
  • Zero Aterro desde o primeiro dia de operação
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