A edição 2026 do estudo E-commerce Trends, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, confirma a consolidação da maturidade digital do consumidor brasileiro e expõe um novo divisor de águas para o varejo online. Segundo o levantamento, 88% dos entrevistados compram pela internet ao menos uma vez por mês, e um terço realiza compras semanais.
O digital deixou de ser plano B: o consumidor “vive no e-commerce”, guiado por praticidade, preço e velocidade como principais pilares da jornada de compra. A pesquisa ouviu 2.008 consumidores com mais de 18 anos em todas as regiões do país, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Frete, segurança e confiança ainda travam conversão
Mesmo em um ambiente de compras amadurecido, o estudo mostra que frete e prazos de entrega seguem entre os principais entraves à conversão. Além disso, a segurança digital desponta como fator decisivo:
- 61% dos consumidores afirmam perceber aumento nas tentativas de fraude online;
- 64% já deixaram de concluir uma compra por medo de compartilhar dados pessoais ou de pagamento;
- 55% relataram já ter sido vítimas de algum tipo de golpe em compras virtuais.
A falta de avaliações, ausência de presença digital e visuais pouco confiáveis estão entre os principais gatilhos que fazem uma loja parecer golpe. “Confiança virou critério de decisão”, resume o relatório.
Pagamentos e canais preferidos
O cartão de crédito parcelado continua sendo o meio de pagamento mais utilizado (53%), seguido pelo Pix (22%) e pelo cartão de crédito à vista (15%). Apesar da expansão de opções, a familiaridade ainda dita o comportamento: o consumidor tende a optar pelo método mais conhecido e seguro.
O WhatsApp consolidou-se como principal canal de atendimento online, superando o chat tradicional: 37% dos consumidores preferem tirar dúvidas diretamente pelo aplicativo.
Além disso, quase metade dos consumidores (47%) já comprou um produto por indicação de influenciadores digitais. O impacto é maior entre mulheres (56%) e jovens até 29 anos (51%), evidenciando a força das recomendações sociais sobre a publicidade tradicional.
O estudo também mostra que o consumidor valoriza agilidade e personalização, mas não abre mão de confiança. Ele compra por impulso, mas decide com base em provas sociais e reputação.



