Reformar um imóvel é, para muitos, a realização de um sonho. No entanto, quando o planejamento falha, esse processo pode se transformar rapidamente em uma experiência frustrante. Segundo o arquiteto Paulo Tripoloni, à frente do Atelier Paulo Tripoloni, muitos erros em obras poderiam ser evitados com atenção aos detalhes e com a contratação de profissionais qualificados desde o início.
“Uma obra precisa ser conduzida como uma orquestra, onde cada profissional tem sua função, mas é o arquiteto quem atua como maestro, coordenando todas as etapas para que o resultado final seja impecável”, destaca Tripoloni.
A seguir, o especialista lista oito erros comuns em reformas e explica como evitá-los.
1. Falta de projeto executivo detalhado
Acreditar que um simples desenho é suficiente para guiar uma obra é um equívoco. O projeto executivo completo deve incluir plantas técnicas, cortes, esquemas elétricos, hidráulicos, de gesso e marcenaria, além de imagens em 3D.
Sem esse material, a execução fica sujeita a improvisos, retrabalho e desperdício.
“O projeto executivo é o manual da obra. Ele garante que todos sigam o mesmo roteiro, sem espaço para surpresas desagradáveis”, explica o arquiteto.
2. Estouro de orçamento
Sem apoio técnico, muitos proprietários acabam gastando acima do previsto. A falta de cálculo preciso de metragem, consumo de materiais e acabamentos é uma das principais causas. A solução está em elaborar um orçamento detalhado e revisar cada item antes do início da obra.
3. Prazos estourados
Atrasos são um dos maiores motivos de insatisfação. Para evitá-los, é fundamental ter um cronograma claro e realista, que mapeie cada etapa e preveja imprevistos. A gestão de prazos exige técnica, não sorte. Um profissional experiente sabe calcular tempos de execução e ajustar o fluxo de trabalho quando necessário.
4. Mão de obra desqualificada
Escolher profissionais apenas pelo preço pode gerar prejuízos altos. Falhas em acabamento, execução incorreta e até riscos estruturais são consequências frequentes.
“Sempre digo aos clientes para desconfiar de valores muito baixos. A qualidade da mão de obra é determinante para o sucesso da obra”, alerta Tripoloni.
5. Arrependimentos pós-obra
Erros de proporção, iluminação ou revestimentos escolhidos às pressas são fontes comuns de arrependimento. Um projeto detalhado evita esses problemas ao prever, desde o início, o comportamento do espaço e o estilo de vida dos moradores.
“Um bom projeto elimina arrependimentos e garante satisfação a longo prazo”, reforça o arquiteto.
6. Desrespeito aos horários de obra
Em condomínios, o cumprimento dos horários autorizados é obrigatório. Ignorar as normas pode resultar em multas e paralisações. A recomendação é alinhar o cronograma com a administração do prédio antes de iniciar qualquer etapa.
7. Compra desordenada de materiais
Comprar tudo de uma vez pode gerar excesso de estoque e desperdício. Por outro lado, deixar para comprar na última hora atrasa o andamento. O ideal é planejar as aquisições conforme o ritmo da obra, garantindo que os materiais cheguem no momento certo.
8. Falta de organização geral
A ausência de coordenação entre prazos, orçamento e logística faz com que falhas se acumulem. Para evitar isso, é essencial ter um profissional que acompanhe e oriente todas as etapas.
“Ter um arquiteto que atua como maestro é insubstituível. Só quem vive o canteiro consegue orquestrar tudo com precisão e entregar um resultado que corresponda às expectativas”, conclui Paulo Tripoloni.
Sobre o Atelier de Arquitetura Paulo Tripoloni
O arquiteto Paulo Tripoloni, nascido em São Paulo, inspira-se na arquitetura minimalista para criar projetos que refletem funcionalidade, estética e responsabilidade ambiental. Seu trabalho busca conectar cada cliente ao essencial, traduzindo o modo de viver contemporâneo em espaços práticos e elegantes.
📍 Mais informações:
www.paulotripoloni.com.br
📸 Instagram: @paulotripoloni



