Tesla fecha acordo em caso de acidente com Autopilot

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A Tesla encerrou mais um processo envolvendo o Autopilot, seu sistema de assistência ao motorista, em meio à crescente pressão regulatória e judicial sobre a tecnologia. Segundo informações divulgadas pelo Electrek, a montadora firmou um acordo para encerrar a ação movida por James Tran, proprietário de um Model Y 2020 que colidiu com uma viatura policial estacionada no Texas enquanto o sistema estava ativado. Este é o quarto acordo conhecido desde que a Tesla perdeu seu primeiro julgamento relacionado ao Autopilot no início deste ano.

O acidente ocorreu em 15 de novembro de 2020, quando Tran trafegava pela rodovia I-10. Seu veículo, operando com o Autopilot ligado, atingiu uma das três viaturas que bloqueavam as faixas após um acidente anterior. No processo, os advogados alegaram que o sistema falhou em identificar veículos de emergência e não alertou o motorista – um padrão que, segundo a defesa, já foi observado em outros episódios semelhantes. Tran buscava mais de US$ 1 milhão em indenização.

A Tesla, no entanto, tentou transferir totalmente a responsabilidade para o condutor. Nos documentos apresentados ao tribunal, a empresa afirmou que Tran havia bebido e jogado em um cassino antes do acidente, além de supostamente ter cochilado ao volante. A montadora também argumentou que o autor não tinha especialistas ou provas suficientes para confirmar uma falha do Autopilot. Ainda assim, o juiz autorizou que o caso seguisse para julgamento em novembro.

Às vésperas da formação do júri, a Tesla apresentou um aviso de acordo, sem revelar detalhes sobre valores ou termos. O episódio se soma a uma série de colisões envolvendo o sistema, que provocaram investigações da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA). A agência classificou o monitoramento do Autopilot como “inadequado” e determinou um recall para ajustes obrigatórios.

Com dezenas de ações ainda em andamento, a montadora tem optado por firmar acordos para evitar novos desgastes nos tribunais, à medida que o escrutínio público e regulatório sobre o Autopilot continua a aumentar.

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