O universo da arquitetura e do design de interiores vive um momento de transição em que o luxo deixa de ser sinônimo apenas de ostentação para se tornar expressão de autenticidade, bem-estar e sofisticação sensorial. Nos projetos de apartamentos de alto padrão e coberturas, os elementos naturais e as composições personalizadas são a grande aposta de profissionais que buscam criar ambientes únicos e atemporais.
Para a designer de interiores Daiane Antinolfi, que atua no segmento de luxo, o investimento em materiais de excelência é o ponto de partida para projetos sofisticados e duradouros. “Os elementos nobres, como porcelanatos de grande formato e pedras naturais, são protagonistas nos ambientes de alto padrão. Eles trazem imponência, elegância e uma sensação tátil que traduz o verdadeiro significado do luxo contemporâneo”, afirma.
No campo da iluminação, a tecnologia e o design caminham lado a lado para criar atmosferas envolventes e funcionais. O arquiteto Marcos Serrano Miralles reforça que, hoje, a luz é um dos pilares do projeto. “A iluminação não deve ser vista como segundo plano; ela é prioridade. Um bom projeto luminotécnico é capaz de transformar completamente o ambiente, valorizando texturas, volumes e emoções”, destaca.
Cada ambiente carrega uma intenção única, há espaços criados para o convívio, outros pensados para o descanso ou apenas para o simples ato de passar. “Um bom projeto luminotécnico torna os ambientes mais funcionais e acolhedores. Mas, antes de falar de lâmpadas e potências, é preciso entender o propósito da luz naquele espaço”, comenta Anderson Macena, fundador da +LED Lighting & Decor. “Gosto de mostrar como a luz transforma um projeto quando ela é pensada desde o início”, complementa.
Já na arquitetura corporativa, a busca por espaços mais humanos e integrados redefine o conceito de ambiente de trabalho. O arquiteto Pedro Coimbra aponta que “os escritórios contemporâneos priorizam ambientes funcionais e integrados, com uso estratégico das cores e soluções que estimulam o bem-estar e a colaboração. A estética segue o propósito de cada marca e traduz sua identidade em cada detalhe”.
No mobiliário, o design brasileiro ganha protagonismo com uma linguagem que une conforto, sustentabilidade e autenticidade. A designer Daniela Ferro observa que “as formas orgânicas e o uso da madeira natural têm conquistado cada vez mais espaço. As peças autorais, com traços suaves e acabamentos artesanais, traduzem o novo luxo, aquele que é sensorial, emocional e feito para durar”.
Mais do que um revestimento, o papel de parede é um elemento de expressão estética e sensorial, ele transforma superfícies em experiências visuais e táteis. Em projetos de alto padrão, o uso do papel de parede vai além da ornamentação: é um recurso de linguagem arquitetônica, capaz de equilibrar proporções, valorizar a iluminação e integrar materiais nobres. “Com texturas sofisticadas, relevos, metais e acabamentos que remetem à arte e à natureza, o papel de parede redefine o conceito de ambientação. Ele acrescenta profundidade, personalidade e aconchego, criando atmosferas que dialogam com o estilo de vida e a identidade de quem habita o espaço”, afirma Rodrigo Peixoto CEO da Vila Estampa.
