Soluções para Varejo
Mais da metade dos brasileiros pagaria mais caro por produtos sustentáveis, diz pesquisa

52% dos brasileiros pagariam a mais por um produto caso entendessem que a empresa tomou medidas para reduzir o impacto ambiental, aponta o Relatório do Varejo 2025 da Adyen, provedora de tecnologia de pagamentos. Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados gostariam que os varejistas fossem mais transparentes com compromissos climáticos.
A pesquisa da Adyen, realizada com mais de 2 mil consumidores e 500 empresas no Brasil, também mapeou a relevância da responsabilidade social para os entrevistados. Segundo o levantamento, 19% dos consumidores realizam doações mensais a causas sociais, maior do que a média global, de 15%. Dentre os que doam mensalmente, as gerações mais engajadas são Baby Boomer (26%) e Millenials (20%). Por outro lado, a porcentagem dos brasileiros que nunca realizaram doações é 20%.
Ao levantar os tipos de doação nos últimos doze meses, a pesquisa mapeou que 37% dos entrevistados optaram por apoiar financeiramente as iniciativas de amigos e familiares. Já 28% preferem arredondar o valor de pagamento durante a finalização de uma compra, contribuindo para que esse adicional seja repassado a diferentes causas.
Gestão
Frete e tecnologia de automação: como o e-commerce busca reduzir o abandono de carrinhos

O abandono de carrinhos segue como um dos principais obstáculos do e-commerce no Brasil. Estudo da Opinion Box mostra que quase 80% dos consumidores têm o hábito de desistir da compra na reta final, e 14% fazem isso com frequência.
Há diversas razões – e a gestão logística é uma delas. O estudo Panorama da Gestão Logística no E-commerce Brasileiro, realizado pela nstech, empresa de software para supply chain, em parceria com a Frete Rápido, empresa de TMS para e-commerce, aponta que 51% dos gestores consideram grande o impacto do custo do frete na hora da compra. Além disso, 29% das empresas ainda gerenciam fretes manualmente, o que limita eficiência e competitividade.
A pesquisa mostra também que a falta de integração tecnológica, altos custos e rastreamento impreciso comprometem a experiência do consumidor e a margem de lucro das operações. “O e-commerce já nasceu digital, mas a logística ainda carrega muitos desafios. Falta integração entre sistemas, o rastreamento nem sempre é preciso e muitos processos ainda são manuais”, afirma Mário Rodrigues, CEO e fundador da Frete Rápido.
Outro destaque do estudo é a forte dependência de serviços terceirizados para as entregas: 72,9% das lojas utilizam transportadoras terceirizadas, 21,3% operam com um modelo híbrido, que combina frota própria e terceiros, enquanto apenas 5,8% contam exclusivamente com frota própria.
Com a chegada de Black Friday e Natal, a preparação logística torna-se ainda mais estratégica. “Mais do que entregar pedidos, é preciso entregar experiência. Otimizar processos, atualizar prazos e equilibrar custo e qualidade são essenciais para garantir competitividade em um mercado onde cada detalhe faz a diferença”, conclui Diego Gonçalves, COO de embarcador da nstech.
Por outro lado, tecnologias de automação vêm ajudando lojistas a reverter perdas. A Loja Integrada, plataforma especializada em soluções para o comércio digital, afirma que ajudou seus parceiros a recuperarem R$ 28,4 milhões em vendas no primeiro semestre. Além de automações que acionam o cliente quando o carrinho é abandonado, a plataforma indica estratégias como e-mails automatizados, notificações push e cupons de desconto. A empresa também aposta em inteligência artificial para otimizar processos e ampliar a fidelização.
Com a proximidade de datas importantes para o varejo, especialistas reforçam que equilibrar custo de frete, eficiência logística e personalização digital será decisivo para garantir competitividade no e-commerce brasileiro.
Mercado
Vagas que exigem IA no setor de atacado e varejo crescem até 300% no Brasil

O uso de inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho brasileiro vem registrando um crescimento acelerado, especialmente nos setores de atacado e varejo. De acordo com o Barômetro Global de Empregos em IA 2025, da PwC, entre 2021 e 2024, as vagas que exigem conhecimentos em IA no bloco “Atacado e Varejo” passaram de 19 mil para 73 mil, um aumento de 300%.
O estudo analisou quase um bilhão de anúncios de emprego em seis continentes e identificou tendências que refletem a transformação digital nas empresas. No caso do varejo e atacado, o crescimento está diretamente ligado à expansão do comércio eletrônico, ao aumento do uso de soluções de atendimento automatizado e ao foco em processos mais eficientes e baseados em dados.
O relatório distingue dois tipos de uso de IA nas vagas: “automatizado” e “aumentado”. O primeiro se refere a funções em que a IA pode executar tarefas de forma autônoma, como recomendação de produtos, análise de estoque ou precificação dinâmica. Já o segundo envolve o uso da IA como suporte ao trabalho humano, ajudando o profissional a tomar decisões mais precisas ou realizar tarefas complexas com maior eficiência. Entre 2021 e 2024, as vagas que exigem IA “aumentada” cresceram cerca de 280% no Brasil, índice ligeiramente inferior às posições automatizadas.
Para especialistas, essa tendência reflete a necessidade de profissionais que entendam tanto da tecnologia quanto do negócio. No varejo, por exemplo, a IA tem sido usada para prever demanda, otimizar campanhas de marketing, personalizar experiências do cliente e melhorar a logística, incluindo o gerenciamento de estoques e entregas. O impacto disso também se reflete no faturamento: segundo dados da eMarketer, o comércio eletrônico brasileiro movimentou cerca de R$ 182 bilhões em 2024, crescimento de 17% em relação ao ano anterior, mostrando que o mercado precisa de talentos capazes de integrar IA e operação.
Além disso, a automação e o uso de IA aumentam a competitividade das empresas no setor. Pesquisa do IDC Brasil indica que companhias que investem em inteligência artificial e automação de processos têm redução média de 20% nos custos operacionais e aumento de até 15% na produtividade, métricas que reforçam a necessidade de profissionais qualificados.
A PwC destaca que a adoção da IA no Brasil está em linha com tendências globais, mas ainda há espaço para avanço. Para profissionais, a recomendação é investir em capacitação contínua, com cursos de machine learning, análise de dados e ferramentas de automação. Para empresas, o desafio é equilibrar a tecnologia com a experiência humana, garantindo que a IA aumente a eficiência sem substituir o toque estratégico e criativo dos colaboradores.
Com a digitalização cada vez mais acelerada, o setor de atacado e varejo sinaliza que as oportunidades ligadas à IA são não apenas tendência, mas também um caminho estratégico para quem busca crescer na carreira ou otimizar operações comerciais.
Mercado
93% dos ciberataques no varejo são considerados simples e pouco sofisticados

O setor de varejo segue como um dos principais alvos dos cibercriminosos devido ao grande volume de pessoas que usam a internet para realizar compras. Nos ataques de ransomware, sistemas das companhias são paralisados e dados corporativos são vazados, com a exigência de resgate pelos cibercriminosos.
De acordo com o relatório Data Breach Investigations Report (DBIR) 2025, divulgado pela Verizon, entre 1º de novembro de 2023 e 31 de outubro de 2024, o setor de varejo registrou 837 incidentes de segurança, sendo 419 deles resultando em vazamento de dados. As estatísticas brasileiras também chamam atenção: a América Latina contabilizou 657 incidentes no mesmo período, 413 deles com divulgação confirmada de informações.
O estudo da Verizon aponta que 93% das violações no setor de varejo têm origem em três padrões principais de ataque: intrusão de sistemas, engenharia social e ataques básicos a aplicações web. “Este último tipo, embora represente o menor número entre os três, ainda é eficiente, demonstrando que até mesmo ataques simples conseguem burlar defesas de muitas empresas do setor”, explica Frank Vieira, Chief of Research and Development na Apura, empresa que desenvolve soluções avançadas em cibersegurança e acompanhou de perto o relatório da Verizon, colaborando pelo sétimo ano consecutivo com informações sobre o cenário de ameaças no Brasil.
A maior parte dos ataques cibernéticos (96%) é conduzida por agentes externos, com motivações exclusivamente financeiras (100%). Entre os dados comprometidos, informações internas da empresa lideram com 65%, seguidas por outros tipos de informações (30%), credenciais de acesso (26%) e, apenas em quarto lugar, dados de pagamento (12%). “Podemos ver pelos dados do relatório uma mudança de foco dos cibercriminosos: o objetivo já não são apenas os dados de cartão de crédito, mas informações internas e credenciais, que podem ser exploradas de múltiplas formas para lucros ilícitos”, diz o especialista da Apura.
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