A proximidade da COP30, que será realizada em Belém em 2025, vem impulsionando a corrida global pela descarbonização e reforçando a urgência de estratégias corporativas voltadas à neutralidade de carbono. No Brasil, empresas de diferentes setores intensificam esforços para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), combinando sustentabilidade, tecnologia e eficiência operacional.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), os investimentos globais em energia limpa devem ultrapassar US$ 2 trilhões por ano até o fim da década, resultado de políticas climáticas mais rigorosas e da pressão crescente de consumidores e investidores. No cenário nacional, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que 85% da matriz elétrica brasileira já é composta por fontes renováveis, uma vantagem estratégica para o país na transição energética.
Mas, segundo Gustavo Sozzi, CEO do Grupo Lux Energia, a descarbonização vai além da substituição de fontes. “Descarbonizar não é apenas trocar a origem da energia, mas repensar a forma como consumimos, monitoramos e compensamos emissões. É um processo de gestão estratégica, que exige planejamento, tecnologia e engajamento de toda a cadeia produtiva”, afirma.
O caminho para a neutralidade de carbono passa pela medição da pegada de carbono, definição de metas de redução e adoção de mecanismos de compensação. No ambiente corporativo, o ponto de partida é o inventário de emissões, que identifica e quantifica os gases liberados nas operações, sejam eles diretos ou indiretos (Escopos 1, 2 e 3). A partir desse diagnóstico, as empresas estruturam planos de eficiência energética e definem metas realistas de neutralização.
Um levantamento da PwC indica que 75% das empresas listadas em bolsa já assumiram compromissos públicos de neutralidade de carbono, refletindo a crescente demanda por transparência ambiental e adesão a critérios ESG. No Brasil, a expansão do Mercado Livre de Energia tem acelerado esse movimento, permitindo que companhias escolham fornecedores de energia renovável e garantam rastreabilidade por meio de certificados como o I-REC (International Renewable Energy Certificate).
Nesse contexto, a Lux Energia tem se destacado com soluções tecnológicas para gestão e compensação de emissões, apoiando organizações na migração para fontes limpas. “A eficiência energética é o elo entre economia e sustentabilidade. Quando uma empresa entende suas emissões, ela ganha poder para reduzir custos e otimizar processos, contribuindo de forma concreta com as metas climáticas”, reforça Sozzi.
Entre as inovações, a companhia aposta no neXus, hub que centraliza o monitoramento do consumo e do desempenho energético das operações corporativas. A plataforma integra ainda sistemas como o BESS (Battery Energy Storage System), que permite armazenar energia, reduzir picos de demanda e aumentar a resiliência das redes elétricas.
Mais do que uma pauta ambiental, a descarbonização se consolida como um diferencial competitivo. Empresas que já mensuram e compensam suas emissões ganham reputação, atraem investidores e ampliam participação em cadeias globais cada vez mais exigentes. “Sustentabilidade deixou de ser uma escolha, é uma exigência de mercado”, destaca o executivo.
Com a chegada da COP30, o setor energético deve ganhar ainda mais protagonismo. Espera-se que governos e empresas apresentem avanços concretos em políticas de neutralização, incluindo a expansão de fontes renováveis, o fortalecimento de mercados regionais de carbono e novos incentivos à digitalização e armazenamento de energia.
Para Sozzi, o momento é decisivo: “A próxima década definirá o sucesso das metas climáticas. As empresas que agirem agora estarão não apenas reduzindo sua pegada ambiental, mas também garantindo competitividade e longevidade no mercado.”



