A mobilidade elétrica deixou de ser tendência e virou plano concreto — especialmente no Brasil, que vive um dos momentos mais interessantes dessa transição. Com o número de veículos eletrificados em circulação crescendo a passos largos nos últimos anos e as montadoras acelerando investimentos no país, já não dá mais para tratar o Brasil como coadjuvante nessa história. E a Ford, conhecida mundialmente por seu DNA de motores a combustão, é prova viva dessa mudança de rota.
A marca iniciou um novo ciclo de inovação no país que combina eletrificação e tecnologia de ponta desenvolvida aqui mesmo. A reinauguração do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Tatuí (SP) simboliza exatamente isso: não se trata apenas de reformar estruturas, mas de reposicionar o Brasil dentro da estratégia global da empresa. O complexo agora ganha dois pilares essenciais: o Ford Academy, dedicado à formação e atualização técnica, e o Centro de Diagnóstico Avançado para Engenharia, totalmente integrado à rede mundial de engenharia da montadora.
É um movimento que reforça algo importante: inovação não nasce só das máquinas, nasce das pessoas. E a Ford está apostando justamente na inteligência brasileira para acelerar sua transição tecnológica.
Hoje, o país já responde pelo desenvolvimento de três das oito famílias globais de motores da marca e abriga um dos centros de engenharia mais relevantes da companhia. Em Tatuí, são 4,6 milhões de metros quadrados de pistas, laboratórios e estruturas dedicadas a testar desempenho, durabilidade e segurança. É uma operação reconhecida há mais de quatro décadas.
Mas o próximo capítulo promete ser ainda mais decisivo. Em 2027, a América do Sul receberá a nova Ranger Híbrida Plug-in, e o motor flex que equipará a picape está sendo desenvolvido no Brasil — um marco inédito para a engenharia local. A criação da primeira picape híbrida plug-in flex do mundo será conduzida justamente em Tatuí, consolidando o país como peça-chave na estratégia global da marca.
Ao mesmo tempo, o polo da Ford no Cimatec Park, em Camaçari (BA), também avança com novas instalações. Bahia e São Paulo se conectam para formar um ecossistema integrado de inovação que reúne engenharia, testes, desenvolvimento de software e treinamento, criando uma base robusta para tudo o que a empresa planeja para o futuro.
O portfólio da marca por aqui já reflete essa mudança de rota. A nova Maverick Hybrid chega ao mercado brasileiro como a picape híbrida mais acessível do país, combinando motor a combustão e propulsão elétrica, consumo urbano de 15,4 km/l e tração integral. É o tipo de produto que não apenas responde ao momento da eletrificação no Brasil, mas ajuda a acelerá-lo.
Essa transformação acontece em paralelo a um movimento global inevitável: o da descarbonização. Montadoras do mundo inteiro estão correndo contra o tempo, e o Brasil, com seu histórico de protagonismo em combustíveis renováveis e sua capacidade crescente de desenvolver tecnologia, entra no jogo com força renovada.



