Mais da metade dos vendedores de marketplaces no Brasil ainda depende de planilhas para atualizar produtos, anúncios e preços, segundo o relatório Marketplace Seller Trends 2025, da ChannelEngine, que ouviu 470 tomadores de decisão do setor. Apesar de 91% dos entrevistados considerarem a automação essencial, 52% continuam realizando processos de forma manual, consumindo em média 36% da semana de trabalho com tarefas que poderiam ser automatizadas.
Para Thiago Trincas, CEO da Seconds Tecnologia, essa realidade revela um mercado ainda engatinhando em automação. “A operação de um vendedor com centenas de produtos e milhares de anúncios se transforma em um campo minado quando tudo depende de planilhas. O tempo gasto em atualizações e correções manuais é o mesmo que poderia estar sendo investido em estratégia e crescimento”, afirma.
Trincas reforça que a automação deixou de ser um luxo e se tornou essencial para competitividade. “Os marketplaces cresceram mais rápido do que a capacidade das equipes de acompanhar as mudanças. Quem continua no modelo manual está perdendo competitividade sem perceber”, diz.
O relatório também indica que dois terços dos vendedores pretendem trocar de integrador nos próximos 12 meses, buscando ferramentas mais ágeis e integradas. Para Trincas, esse movimento mostra amadurecimento do setor e a próxima onda de crescimento virá de operações que conseguirem gerenciar dados, anúncios e rentabilidade de forma unificada.
O estudo da ChannelEngine e o posicionamento da Seconds evidenciam que, no Brasil, a adoção de automação ainda é desigual, mas já é vista como diferencial estratégico. Empresas que continuam presas a processos manuais correm risco de comprometer margem, velocidade e escala, enquanto as que investem em tecnologia aumentam eficiência e capacidade de crescimento.



