A Nestlé anuncia a iniciativa “Rótulos que Falam”, projeto que torna todas as embalagens de seus 1,2 mil produtos acessíveis a pessoas com deficiência visual ou não alfabetizadas, totalizando cerca de 17 milhões de brasileiros. A ação utiliza um aplicativo de leitura automatizada, desenvolvido pela startup Alia Inclui, com apoio da Fundação Dorina Nowill, que lê em voz alta informações nutricionais, ingredientes e demais dados presentes nas embalagens de marcas como Ninho, Leite Moça, KitKat e Nescau.
O aplicativo permite localizar códigos de barras por comando de voz, consultar informações específicas via chatbot com inteligência artificial, por exemplo, sobre presença de glúten ou lactose, e selecionar partes da leitura conforme o interesse do usuário, garantindo uso intuitivo e autonomia.
O projeto surgiu a partir de escuta ativa da Nestlé sobre os desafios enfrentados por pessoas com deficiência visual. Com o suporte da Fundação Dorina Nowill e da nutricionista Regiane Silva, integrante do time de Nutrição, Saúde e Bem-Estar da Nestlé e pessoa com deficiência visual, o aplicativo passou por testes e aperfeiçoamentos rigorosos. Durante o desenvolvimento, 15 consumidores cegos participaram de grupos focais, resultando em um NPS de 83 e na implementação de 41 melhorias antes do lançamento oficial.
O desenvolvimento também contou com o Panela, plataforma de inovação aberta da Nestlé, que conecta startups a desafios estratégicos da empresa. A Alia Inclui foi escolhida pela facilidade de uso e potencial de adesão, considerando que 87% das pessoas com deficiência visual utilizam smartphones. Segundo a Nestlé, o modelo é escalável, simples e de alto impacto social, sendo pioneiro no setor de alimentos.
“Na Nestlé, acreditamos que a inclusão precisa sair do discurso e se traduzir em ações concretas, que realmente impactem o dia a dia das pessoas. O projeto Rótulos que Falam nasceu do desejo de ampliar a autonomia de milhões de brasileiros que ainda enfrentam barreiras, como ler um rótulo ou identificar um produto na despensa. Nossa missão é usar o poder das nossas marcas e da inovação para tornar o consumo mais acessível, humano e inclusivo, e convidamos toda a indústria a se unir a esse movimento”, afirma Gisele Pavin, head de Nutrição, Saúde e Bem-estar da Nestlé.
Modelo aberto e escalável
O projeto simboliza um movimento coletivo pela acessibilidade, permitindo que outras empresas também integrem seus portfólios ao aplicativo, ampliando o alcance da inclusão e convidando a indústria a participar desta transformação social.
O aplicativo, disponível Google Play e Apple Store, leva o nome da startup Alia Inclui e representa um passo importante para tecnologia inclusiva, democratizando o acesso a informações de produtos alimentícios e promovendo maior autonomia para pessoas com deficiência visual ou não alfabetizadas.
