O mercado de carros eletrificados está acelerando no Brasil. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), agosto registrou 20,2 mil unidades vendidas, o que já soma 126 mil emplacamentos em 2025. A projeção é que o ano feche com até 215 mil unidades, um salto de mais de 21% sobre 2024. Os destaques vão para os híbridos flex, que dobraram as vendas em relação a julho, e para os 100% elétricos. O futuro chegou e já está plugado na tomada!
Negócio da China
A China pisou fundo no acelerador e assumiu a pole position nas importações de veículos para o Brasil. Em agosto, 32% de todos os carros trazidos de fora vieram de lá, superando a Argentina pela primeira vez na história. A novidade mexe direto com o varejo B2B de eletromobilidade, já que muitas dessas unidades são eletrificadas, como o mega lote da BYD, com 5,5 mil carros elétricos. Enquanto o mercado vibra com mais opções, a Anfavea alerta para o desequilíbrio na balança comercial e pressiona por ajustes nas regras de importação.
Quanto vale um carro elétrico?
Segundo pesquisa da Webmotors, 35% dos brasileiros pagariam entre R$ 100 mil e R$ 150 mil por um carro eletrificado – faixa mais citada pelos entrevistados. O híbrido segue como o preferido (42%), e a autonomia é o principal fator de decisão (59%), seguida por tecnologia e conforto. Aos poucos, o futuro elétrico começa a caber nas garagens brasileiras.
Até a Ferrari entrou na tomada
Enquanto muitos brasileiros não passariam de R$ 150 mil por um carro eletrificado, a Ferrari foi além. A clássica Testarossa renasce como híbrida plug-in, com três motores elétricos e um V8 biturbo, somando 1.050 cv. Faz de 0 a 100 km/h em 2,3 s e ultrapassa 330 km/h. Lançada em 2026, a 849 Testarossa mostra que, em Maranello, eletrificação também pode ser sinônimo de pura adrenalina.
E já que o assunto é preço
A Volkswagen vai eletrificar um de seus clássicos no Brasil. Em 2026, chega o ID. Polo, primeiro da linha ID. a resgatar um nome icônico da marca. A estratégia aposta no vínculo emocional do consumidor com o modelo — agora em versão 100% elétrica. Também vem aí o ID. Polo GTI, com pegada esportiva e zero emissões. A VW promete preços competitivos e o retorno de detalhes pedidos pelos fãs, como botões físicos.
Mercado de entregas de olho
A eletrificação das frotas corporativas já é realidade no Brasil. Segundo a Edenred Ticket Log, 18% das empresas já usam veículos elétricos e outros 18% planejam adotar nos próximos três anos – ou seja, quatro em cada dez estão na rota da mobilidade limpa. Sustentabilidade e inovação lideram as motivações, e o avanço das metas de descarbonização vem transformando o carro elétrico em símbolo de eficiência e futuro nos negócios.
Brasil acelera nas recargas
A infraestrutura de recarga elétrica avança rápido em nosso país. Em seis meses, os carregadores rápidos (DC) cresceram 59%, chegando a 3.855 unidades, segundo a Tupi Mobilidade e a ABVE. Com custos menores e mais motoristas viajando longas distâncias, esses pontos lideram os investimentos. No total, o país já soma 16.880 eletropostos, um para cada 18 veículos elétricos em circulação.
Baterias do futuro
Cientistas da Universidade de Queensland criaram uma bateria de sódio com eletrólito sólido que mantém 91% da capacidade após 1.000 ciclos – e opera por mais de 5.000 horas a 80 °C sem perda de desempenho. A tecnologia combina baixo custo, segurança e estabilidade, e pode rivalizar com o lítio em veículos elétricos e sistemas de energia. Ainda em testes, o avanço aponta para um futuro mais acessível e sustentável na eletrificação global.



