O ar-condicionado é indispensável em boa parte do Brasil, mas ainda é cercado por informações incorretas que podem impactar tanto o bolso quanto a saúde. Confira oito mitos e verdades sobre o funcionamento e a manutenção do aparelho, de acordo com o Canal Tech, e veja como utilizá-lo da forma mais eficiente possível.
1. Quanto mais BTUs, melhor
Mito. A ideia de que um aparelho mais potente sempre é mais eficiente está errada. A sigla BTU (Unidade Térmica Britânica) indica a capacidade de refrigeração, e um modelo superdimensionado pode resfriar rápido demais, sem eliminar a umidade do ar. O resultado é um ambiente frio e úmido, além de consumo e custo de aquisição maiores.
O ideal é calcular a potência de acordo com o tamanho do ambiente, incidência de sol e quantidade de pessoas que o utilizam.
2. Aparelhos Inverter gastam menos energia
Verdade. A tecnologia Inverter é a mais eficiente do mercado, com potencial de reduzir o consumo em até 70% em comparação aos modelos convencionais. Isso porque o compressor funciona de forma contínua, ajustando a velocidade para manter a temperatura estável, sem picos de energia ao ligar e desligar.
3. Diminuir a temperatura ao máximo gela mais rápido
Mito. Configurar o ar em 18°C não faz o ambiente resfriar mais rápido do que em 23°C. O aparelho opera na mesma velocidade máxima até atingir a temperatura programada. Mas, ao escolher uma temperatura muito baixa, ele trabalha por mais tempo, aumentando o gasto de energia e podendo deixar o ambiente desconfortavelmente frio.
4. A incidência de sol aumenta o consumo
Verdade. A posição da condensadora influencia diretamente na eficiência. Quando o equipamento recebe sol direto, precisa trabalhar mais para trocar calor, o que eleva o consumo de energia. A recomendação é instalar a unidade externa em local ventilado e protegido do sol, e manter cortinas fechadas durante as horas mais quentes do dia.
5. Ar-condicionado faz mal à saúde
Mito. O aparelho não é o vilão. O problema é a falta de limpeza e manutenção. Filtros e dutos sujos acumulam poeira, mofo e bactérias, o que pode agravar alergias e doenças respiratórias. Com a higienização regular, o ar-condicionado pode, inclusive, melhorar a qualidade do ar.
6. O modo “ventilação” não gasta energia
Mito. Embora o consumo seja menor, ele não é zero. Nesse modo, o compressor fica desligado, mas o ventilador interno continua funcionando, com gasto semelhante ao de um ventilador tradicional.
7. O modo “Dry” (desumidificar) economiza energia
Verdade. Essa função é ideal para dias úmidos, mas não tão quentes. O modo Dry remove o excesso de umidade do ar, mantendo o compressor e o ventilador em baixa rotação — o que resulta em menor consumo. Além de deixar o ambiente mais agradável, ajuda a combater a sensação de abafamento.
8. É possível mudar a unidade de temperatura
Verdade. A maioria dos controles remotos modernos permite alternar entre graus Celsius (°C) e Fahrenheit (°F). Essa configuração pode mudar automaticamente ao trocar as pilhas, reiniciando o controle no padrão de fábrica — o que confunde muitos usuários.
Manter o ar-condicionado em boas condições e utilizá-lo de forma consciente garante mais conforto térmico, economia de energia e melhor qualidade do ar — especialmente em períodos de calor intenso.



