Satélites Starlink caem do céu: o que isso significa

Starlink

Nos últimos dias, moradores da América do Norte têm observado um curioso fenômeno: pontos luminosos riscavam o céu noturno, parecendo meteoros, segundo informações do Gizmodo. Mas não se trata de rochas espaciais, e sim de satélites Starlink caindo de órbita, o que pode afetar a conectividade em algumas regiões.

De acordo com o astrofísico aposentado Jonathan McDowell, autor do Jonathan’s Space Report, atualmente um a dois satélites Starlink reentram na atmosfera todos os dias, e a tendência é que esse número aumente para até cinco diariamente, acompanhando a expansão da constelação em órbita terrestre baixa (LEO).

Expansão de satélites em órbita baixa e riscos crescentes

A Starlink não está sozinha no céu: outros projetos de internet via satélite, como Amazon Kuiper, somados a sistemas chineses, devem resultar em mais de 30 mil satélites em LEO nos próximos anos. Cada satélite possui ciclo médio de vida de cinco anos, o que significa que um número crescente de unidades precisará ser substituído, aumentando a frequência de reentradas atmosféricas.

Estudos recentes indicam que atividade solar elevada pode acelerar a queda desses satélites, e especialistas alertam para a possibilidade do síndrome de Kessler, situação em que a densidade de objetos em órbita eleva a chance de colisões, criando ainda mais detritos espaciais.

Impactos potenciais para a internet e segurança

Embora a maioria dos satélites caia de forma controlada e se desintegre na atmosfera, nem todos os casos são seguros. A Federal Aviation Administration (FAA) projeta que, até 2035, cada dois anos haverá risco de pessoas serem feridas ou mortas por detritos espaciais.

Para o setor de telecomunicações, a alta rotatividade de satélites significa que serviços de internet via satélite podem sofrer interrupções temporárias, exigindo planejamento operacional e monitoramento constante.

A crescente presença de satélites em LEO reforça a necessidade de regulamentação e gestão de tráfego orbital, enquanto empresas como Starlink, Amazon e operadoras chinesas competem por espaço e conectividade global, transformando o céu em um campo cada vez mais congestionado.

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