Logística reversa cresce no Brasil, mas segue tímida

Uma lixeira com diversos teclados de computador.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou em 9 de setembro, as listas oficiais de empresas aderentes às duas entidades gestoras de logística reversa de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e seus componentes. Segundo o levantamento, as duas entidades reúnem 136 empresas associadas.

A relação contempla o relatório de 2023 (ano-base da operação), apresentado em 2024, e inclui empresas adimplentes aos termos do Decreto nº 10.240, de 12 de fevereiro de 2020. O decreto estabelece normas para a implementação de sistema de logística reversa obrigatória de produtos desse tipo.

Mesmo com o resultado positivo, as duas entidades gestoras ressaltam que o Brasil conta com cerca de 4 mil fabricantes e importadores de eletrônicos e eletrodomésticos. Na visão da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) e da Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Nacional (Green Eletron), “há espaço significativo para ampliar a adesão”.

“As empresas estão cada vez mais conscientes de seu papel na sustentabilidade e na economia circular”, comentou Robson Esteves, diretor-presidente da Abree. Na visão dele, a adesão deve continuar crescendo para “ampliar os benefícios ambientais e sociais e consolidar um mercado mais consciente e responsável”.

Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, cita uma pesquisa realizada pela entidade em 2025 que reforça os benefícios da gestão adequada de recursos. “Constatamos que 85% dos brasileiros reconhecem e valorizam marcas que adotam iniciativas de logística reversa. Esse dado comprova que o mercado tem muito a ganhar ao transformar responsabilidade socioambiental em regra, e não exceção”, considerou.

 

 

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