As Air Fryers seguem firmes como um dos eletrodomésticos preferidos dos brasileiros. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), as vendas do aparelho cresceram 32% em 2024, totalizando cerca de 57 milhões de unidades comercializadas. Já a consultoria Kantar aponta que 44% dos lares no país contam hoje com o produto — um reflexo da busca por praticidade na cozinha e também por hábitos alimentares mais saudáveis.
Mas a popularização também acende um alerta: segurança. Afinal, a Air Fryer é um equipamento que atinge altas temperaturas em pouco tempo, utilizando resistências elétricas, e pode oferecer riscos se não tiver certificação adequada ou se for usada de maneira incorreta.
No Brasil, a certificação é obrigatória. A Portaria Inmetro nº 148/2022 estabelece requisitos mínimos de segurança baseados em normas internacionais, garantindo que o produto tenha passado por testes rigorosos antes de chegar às lojas.
“Todo consumidor deve verificar, antes da compra, se o aparelho possui o selo de identificação da conformidade, composto pela marca do Inmetro e do Organismo de Certificação de Produto (OCP). Esse selo assegura que a Air Fryer foi testada em condições normais e anormais de uso”, explica Luiz Ferri, vice-presidente de Produtos da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).
Entre os principais testes realizados estão a avaliação da elevação de temperatura, o uso de materiais antichamas, a proteção contra choques elétricos, o desligamento automático em caso de superaquecimento e a análise de riscos mecânicos em partes acessíveis ao usuário. Até mesmo o manual de instruções passa por avaliação para garantir que as orientações de uso estejam claras ao consumidor.
“Seguir corretamente as orientações do fabricante faz toda a diferença na prevenção de acidentes. A certificação garante que o produto atende aos requisitos de segurança, mas o uso consciente é responsabilidade do consumidor”, reforça Ferri.