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Instituto apresenta carregador rápido de veículos elétricos desenvolvido no Brasil

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O instituto de pesquisa Lactec mostrou em 1 de setembro um projeto de carregadores rápidos para veículos elétricos desenvolvido nacionalmente. O equipamento conta com potência de até 120 kW e foi realizado em parceria pelo Lactec e a Copel (Companhia Paranaense de Energia) com recursos de pesquisa e desenvolvimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Esse projeto, segundo o instituto, visa a produção escalável dos carregadores, com foco na indústria nacional. Estão previstos projetos para modelos modulares — capazes de atender desde carros de passeio até caminhões — e a integração dos carregadores com fontes renováveis de energia, como energia solar e bancos de baterias móveis.

Segundo o pesquisador do Lactec, Cretan Pires de Oliveira, a produção local de carregadores representa um ganho direto em autonomia tecnológica, economia e agilidade na operação. “Com tecnologia nacional, é possível resolver falhas em horas, não em meses”, afirma. Ele também destaca que a produção nacional reduz o custo de aquisição e manutenção dos equipamentos, eliminando a dependência de suporte técnico do exterior.

Todos esses fatores são importantes dado o cenário de crescimento do mercado de veículos eletrificados. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em julho de 2025, o Brasil superou a marca de 503 mil carros eletrificados em circulação, incluindo os totalmente elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos convencionais (HEV) e híbridos com motores flexíveis (HEV Flex). Até julho deste ano, foram vendidos no país mais de 25 mil veículos leves eletrificados, com o mês de maio vendo um recorde na venda de 100% elétricos.

Ainda de acordo com o Lactec, a iniciativa está alinhada ao programa federal Rota 2030, que prevê a instalação de 40 mil eletropostos no país até o fim da década. Entre outras mudanças necessárias para o atingimento dessa meta, na visão dos especialistas do instituto, estão necessidade de investimentos na rede elétrica, a padronização tecnológica e a adequação à tensão das baterias dos modelos vendidos no Brasil, o que limita o aproveitamento pleno de estações de alta potência. A migração do padrão CHAdeMO, hoje presente em apenas 1,8% dos veículos, para o CCS2, dominante nos novos modelos, também demanda atenção à compatibilidade com a estrutura já existente. O carregador projetado pelo Lactec conta com saídas compatíveis com os dois padrões.

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