Mercado
Estudo: brasileiros passam mais de 9 horas por dia conectados
A edição mais recente do estudo Consumer Pulse, realizada pela consultoria Bain & Company, trouxe dados relevantes sobre o comportamento de brasileiros na internet. Segundo o estudo, brasileiros passam em média 9 horas e 13 minutos por dia conectados, estando entre os usuários mais ativos do mundo. No entanto, 28% afirmam querer reduzir esse tempo.
Cerce de 7.500 entrevistados participaram da pesquisa, incluindo 2 mil brasileiros, com divisões por faixas etárias e renda segmentadas de acordo com dados demográficos da região. Ainda de acordo com os dados levantados, brasileiros alocam 3 horas e 37 minutos de seu uso de internet, em média, às redes sociais. O país também conta com taxa de 1,2 smartphone por habitante, o que a empresa entende como sinal de amplo acesso à tecnologia.
Globalmente, segundo o estudo, a média de uso de internet é de 6 horas e 38 minutos por dia. Atividades digitais são o segundo maior uso do tempo livre, atrás apenas de tarefas domésticas. Mesmo assim, a redução de tempo em frente às telas é citada como principal hábito que os entrevistados desejam mudar, à frente de temas como sedentarismo ou alimentação.
Os motivos citados para o desejo de reduzir o uso de telas são distração causada pelos estímulos digitais (35%), efeitos percebidos sobre saúde e bem-estar (28%), e sensação de culpa associada ao uso excessivo das tecnologias (18%).
Ferramentas de inteligência artificial (IA) também foram citadas no estudo. 62% dos entrevistados já disseram já ter usado alguma solução do tipo; desses, 64% acreditam que ela pode facilitar tarefas diárias, e 55% veem nela uma fonte de novas oportunidades de trabalho. Por outro lado, 47% mostraram preocupação com o uso de seus dados, 44% se consideram despreparados para lidar com essa tecnologia, e 40% temem que ela substitua seus empregos.
Para Ricardo De Carli, sócio da Bain responsável pelo estudo, os dados refletem um momento em que o uso da tecnologia convive com a busca por mais equilíbrio e com dúvidas sobre os impactos das inovações na saúde. “Vemos que o perfil do consumidor hoje é o de um equilibrista, que tenta conciliar conectividade constante com limites pessoais mais saudáveis”, avaliou.