A Shein, marca chinesa de fast fashion conhecida por roupas acessíveis e tendências rápidas, escolheu a França para abrir suas primeiras lojas físicas permanentes. O plano inicial inclui concessões em grandes magazines de Paris, seguido por cinco unidades em Dijon, Reims, Grenoble, Angers e Limoges.
A empresa afirmou à BBC que o mercado de moda francês, considerado globalmente influente, é um “local natural” para testar a operação de lojas físicas. Até então, a Shein havia realizado apenas pop-ups temporários em cidades como Madrid e Paris.
As novas lojas serão criadas em parceria com o grupo francês Société des Grands Magasins (SGM), que administra os BHV Marais e Galeries Lafayette, oferecendo o modelo shop-in-shop. A iniciativa deve gerar cerca de 200 empregos na França, com o objetivo de revitalizar centros urbanos e o varejo de departamentos.
“Ao escolher a França para testar o varejo físico, a Shein pretende beneficiar clientes locais e o setor varejista como um todo”, disse a empresa.
A decisão ocorre após o Senado francês aprovar em junho uma lei que regula a indústria do fast fashion, sancionando empresas como Shein e Temu e proibindo seus anúncios no país.
Apesar de atuar em mais de 150 países, a Shein mantém grande parte de seu negócio online, através de site e aplicativo. Fundada na China em 2008 e com sede em Singapura, a marca enfrenta críticas relacionadas ao impacto ambiental de sua produção e às condições de trabalho na sua cadeia de suprimentos.
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